sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Nosso evento....

O nosso grupo decidiu, em conjunto com o grupoIV da disciplina de Área de Projecto unir esforços. Resolvemos juntar os dois projecto, visto que o tema de um grupo leva ao tema do outro: ambos os grupos abordam a temática "25 de Abril".
Estamos a organizar em conjunto um evento para o dia 24 de Abril, no Bombarral(Zona Oeste), no jardim da Biblioteca Municipal do Bombarral.

O nosso grupo vai participar com a promoção da audição de alguma "Música de Intervenção".
A música de intervenção portuguesa é a música composta com o propósito principal de criticar ou êxpor um determinado tema da actualidade (normalmente com fins políticos e sociais).
Quando falamos de música de intervenção,temos obrigatoriamente de falar de músicos como Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira entre outros, que utilizaram a música como forma de protesto contra o "Estado Novo" e a censura em Portugal.

Para que serve? Normalmente a música de intervenção serve para expressar, protestar, ou tentar modificar algo que está errado.

Quem a canta? Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Fausto Bordalo Dias, Francisco Fanhais, Janita Salomé, José Mário Branco, Luís Cília, Paulo de Carvalho. Infelizmente alguns deles já não estão entre nós mas a sua música não foi nem poderá ser esquecida.

Para mais informações dirija-se a http://www.esb.pt/ ou www.cm-bombarral.pt/

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Hip-Hop é nova música de intervenção em Portugal?

todos os musicos de intervenção portuguesa nomeadamente Zeca Afonso,José Mário Branco, Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, são todos da época da ditadura e do 25 de Abril de 1974.
". Hoje, passados 33 anos sobre a revolução, Portugal continua a produzir música de intervenção? As opiniões divergem, mas há um género onde se identifica mais crítica social e política o hip-hop."
Considerando a opinião de Paulo Carvalho dizendo que: «É essa a face mais visível da música de intervenção; agora, é o hip-hop", considera Paulo de Carvalho, intérprete do tema que serviu de senha à revolução, "E depois do Adeus". Ace, músico dos Mind Da Gap, não hesita em fundamentar "Entre a música que se vende em grande escala em Portugal, é o hip-hop que melhor representa esse género».
Valete é o autor de "Serviço público", disco lançado em 2006 e ele não tem como discordar "Sim, talvez eu seja o único. Assumo uma posição política, social e filosófica. Sou a voz dos segregados e oprimidos, sou da esquerda de ataque". Filho de um são tomense que fez parte dos movimentos de libertação das colónias, Valete não tem uma ditadura para criticar. Sida, machismo, sociedade de consumo, capitalismo, globalização, religião e indústria musical são as áreas de intervenção.

Mas porquê "o único"? "Uma das lacunas do rap em Portugal é que tem muita emoção e pouca solução. O habitual é uma intervenção mais simplista, com o miúdo de bairro que desabafa e se revolta mais do que apresenta uma proposta", defende o MC. O facto de o rap ser um género que move um público mais jovem só vem reforçar a lacuna "Esta música reflecte os jovens que temos - superficiais e apolíticos".

Mas esse alheamento "é natural", diz a cantora de "Já chegou a liberdade". Para Tonicha, que lançou aquele êxito em 1975, é uma questão de geração. "Por muito que saiba o que foi a revolução, a malta nova não a sentiu". Sérgio Godinho discorda "A geração não é um carimbo de autenticidade e houve muita gente que se perdeu pelo caminho. Isto é uma questão de personalidade", afirma o músico para quem "opinar e criticar é natural".

O rap é um discurso

"Depois do 25 de Abril, deixou de haver causas. A geração rasca, a geração dos rebeldes sem causa é a minha", retorna Valete, para quem "a retórica pesada dos discursos políticos é a culpada pelo afastamento das pessoas". Daí que "a música portuguesa mais visível seja a mais vazia de conteúdos. Eu não sei o que esses músicos pensam sobre assuntos como o aborto ou as leis laborais", conclui.

Para quem acha que o último disco de intervenção feito em Portugal foi "Viagens", de Pedro Abrunhosa, "descrever uma realidade social sem propor utopias não é música de intervenção", sublinha Rui Miguel Abreu.

Mas então o que é intervenção musical? Se seguirmos os cantores do 25 de Abril, então concluímos que a música de intervenção não existe", explica Adolfo Luxúria Canibal, poeta e vocalista dos Mão Morta. "Mas se adoptarmos um conceito mais vasto, estritamente artístico, então qualquer artista inovador intervém e, aí, esse género está longe de estar morto", conclui o autor de "Primavera de destroços".
Paulo de Carvalho é um dos cantores incluídos no recente compêndio sobre o canto interventivo de Abril - "E depois do adeus" reúne 30 temas num CD duplo -, defende uma diferença entre a canção de intervenção e a canção panfletária. "Os grandes autores de Abril não ficaram no passado; apenas viveram noutra época. A intervenção envolve questões do dia-a-dia e a panfletária é mais política". Nesse âmbito, "é claro que os artistas do hip-hop são a nova geração de intervenção", remata.

Novamente, Valete concorda "O rap tem mais palavras e permite organizá-las como se fossem um discurso. Em dois tempos musicais do pop/rock só cabem seis ou sete palavras. São mais ligeiros".
"Grândola vila morena"

Os versos de José Afonso fizeram-se ouvir às 00.20 horas, do dia 25 de Abril de 1974, no programa "Limite", da Rádio Renascença. "Grândola, vila morena/ terra da fraternidade/o povo é quem mais ordena/ dentro de ti, ó cidade". Foi a confirmação dada para a saída dos quartéis dos militares.


"E depois do adeus"

O tema de José Niza e José Calvário, interpretado por Paulo de Carvalho, foi o "primeiro aviso" dado por João Paulo Dinis através dos Emissores Associados de Lisboa. Terá sido uma escolha óbvia, dado que foi a canção que, nesse mesmo ano, tinha representado Portugal no Eurofestival da Canção.

"Mudam-se os tempos

mudam-se as vontades"

Em 1971, é editado o primeiro disco de José Mário Branco. O compositor sustenta que foi por sua causa que se chegou à censura prévia. Antes, os discos eram editados e depois retirados do mercado ou, na rádio, riscavam-se no vinil as faixas consideradas subversivas.

A fonte desta da notícia foi retirada pelo site "diário de notícias".